Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Correa (Claudio Belli/Folhapress)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou
nesta quarta-feira um acordo com a Camargo Corrêa pelo qual a construtora e
dois ex-executivos admitiram participação em cartel para licitações da
Petrobras, com pagamento de mais de 104 milhões de reais em indenização.
Segundo o órgão antitruste, o ressarcimento aos cofres públicos é o maior já
estabelecido no âmbito de um Termo de Compromisso de Cessação (TCC).
O acordo foi negociado pela
Superintendência-Geral do Cade e envolve, além da construtora, o ex-presidente
da Camargo Corrêa Dalton dos Santos Avancini e o ex-vice-presidente da empresa
Eduardo Hermelino Leite.
A investigação do cartel
pelo Cade está inserida no âmbito da operação Lava Jato, conduzida pela Polícia
Federal e pelo Ministério Público Federal. Em março, o órgão antitruste
celebrou acordo de leniência com a Setal Engenharia e Construções, a SOG Óleo e
Gás e pessoas físicas funcionários do grupo Setal/SOG.
"As contribuições
trazidas pela leniência apontaram indícios de cartel em licitações da Petrobras
envolvendo diversas construtoras, entre elas a Setal/SOG e a Camargo
Corrêa", segundo o Cade.
Como um acordo de leniência
só pode ser firmado com uma empresa ou grupo, a Camargo Corrêa assinou um TCC,
comprometendo-se a pagar a indenização e a colaborar nas investigações, além de
encerrar imediatamente as atividades ilícitas.
Fonte: Revista Veja.
Fonte: Revista Veja.
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