João Vaccari Neto, Renato de Souza Duque e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto são acusados de lavagem de dinheiro
REDAÇÃO ÉPOCA
27/04/2015 14h28 - Atualizado em 27/04/2015 14h33.
O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná apresentou nesta segunda-feira (27) uma nova denúncia na Justiça sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga o envolvimento de empreiteiras em pagamentos de propina na Petrobras. Desta vez, o MPF acusa formalmente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato de Souza Duque e o empreiteiro Augusto Ribeiro de Mendonça Neto.
O MPF acusa os três de lavagem de dinheiro ao desviar o total de R$ 2,4 milhões entre abril de 2010 e dezembro de 2013. "Uma parte da propina paga para Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude Ltda., a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT)", diz o MPF, em nota. Segundo a denúncia, a gráfica emitiu notas frias para lavar o dinheiro e nunca prestou os serviços.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Força-Tarefa Lava Jato, disse que, embora a denúncia envolva apenas um partido, o PT, o esquema era pluripartidário. "Já foram denunciados anteriormente operadores vinculados às Diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB", disse. Segundo ele, a "partidarização" das investigações prejudica a luta contra a corrupção.
A Justiça ainda precisa aceitar a denúncia do MPF para que os três acusados se tornem réus. Se julgados e condenados, os três podem pegar até dez anos de prisão. O MPF também pede a restituição de R$ 2,4 milhões e o pagamento de R$ 4,8 milhões em multas.
Duque e Vaccari já respondem por outra denúncia da operação Lava Jato. Renato Duque está preso desde março, e o ex-tesoureiro do PT foi preso em 15 de abril.
bc
Nenhum comentário:
Postar um comentário