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terça-feira, 28 de abril de 2015

Aquíferos subterrâneos na Antártida podem ajudar na exploração por vida alienígena


centroGrandeWikipediaPeter RejcekAquíferos subterrâneos estão ligados às 'cachoeiras de sangue'RIO - A Antártida é vista por muitos como um deserto congelado, mas um estudo publicado nesta terça-feira na "Nature Communications" mostra que abaixo da superfície fria e seca existe uma vasta rede de lagos interconectados capazes de abrigar vida. A descoberta joga luz sobre mudanças climáticas do passado e pode ajudar na exploração por vida em outros planetas.
- Isso deve mudar a forma como as pessoas veem as regiões costeiras da Antártida - disse Jill Mikucki, professora de microbiologia da Universidade do Tennessee, que participou do projeto. - Nós sabemos que existem sedimentos saturados abaixo da superfície que estão escoando para o oceano e afetando a produtividade de substâncias que sustentam as teias alimentares. Isso leva ao entendimento do fluxo de nutrientes e como isso pode afetar a saúde do ecossistema.
A pesquisadora se refere às "cachoeiras de sangue", águas avermelhadas por óxido de ferro que escorrem na geleira Taylor, um dos locais onde o estudo foi realizado. Tal ocorrência está ligada a um raro ecossistema formado por bactérias autotróficas, e a nova descoberta indica que o subsolo do continente também pode abrigar vida. Mais, pode ajudar cientistas na busca por vida em outros planetas que possuam ambiente parecido, como Marte.
- Essa característica única é muito mais que uma curiosidade, é um portal para o subsolo antártico, uma pista para o que está embaixo - disse Jill.
Com sensores de mapeamento eletromagnéticos, os pesquisadores produziram imagens do subsolo do mais frio e seco deserto do mundo, os Vales Secos de McMurdo. A cerca de 185 metros de profundidade, dentro do solo permanente congelado, foi encontrada uma grande rede de aquíferos de salmoura.
- Esse deve ser o mais diferente de todos os reservatórios de água na Terra, uma vez que não é diretamente reabastecido pela infiltração da água da chuva ou pelo derretimentos sazonal de geleiras - comentou Slawek Tulaczyk, da Universidade da Califórnia. - Certamente é o componente menos conhecido do sistema hidrológico do nosso planeta, porque está escondido abaixo do permafrost e de camadas de gelo.
A água subterrânea é gelada, profunda e duas vezes mais salgada que a água do mar, mas as "cachoeiras de sangue" dizem que é improvável que ela não abrigue vida.
- O fato de a água conter micro-organismos metabolicamente ativos sustenta a ideia de que a vida pode persistir no subterrâneo - disse Jill.
E esses micróbios podem ser essenciais para a vida nos mares da região. Ao quebrar rochas que possuem ferro, eles podem estar despejando cerca de 170 milhões de quilos de ferro nos oceanos todos os anos, segundo estimativas.
Fonte: br.noticias.yahoo.com

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