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terça-feira, 17 de março de 2015

Prisão de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, deixa Gleisi mais perto da perda do mandato


gleisi_hoffmann_68Efeito devastador – A prisão do ex-diretor de serviços da Petrobras e principal operador do PT no Petrolão, Renato Duque, foi vista com horror pela senadora Gleisi Helena Hoffmann (PR). Até agora, o envolvimento de Gleisi e do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, estava atrelado à delação de dois presos (o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef), que revelaram ter repassado R$ 1 milhão para a senadora petista, dinheiro usado na campanha de 2010.
A prisão de Duque, assim como a possibilidade de que ele decida pela delação premiada para escapar de décadas de cadeia, embute o risco de revelações muito mais comprometedoras para Gleisi Hoffmann. Entre as quais, o aprofundamento de denúncia feita pelo ex-coordenador de campanha da petista, ex-deputado André Vargas à revista Veja, de que a senadora e Paulo Bernardo teriam uma ligação especial com o Grupo Schahin, fornecedor da Petrobras vinculado à empreiteira Camargo Corrêa.
Além do aprofundamento da nova linha de investigação do Ministério Público Federal, sabe-se que grande parte das ‘doações legais’ de empresas envolvidas no Petrolão serviam para ‘esquentar’ o pagamento de propinas. No caso de Gleisi, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, já determinou a investigação de R$ 13,5 milhões em doações em duas campanhas da senadora. O objetivo é apurar a suspeita de que tais doações possam acobertar o pagamento de propinas.
Enquanto o circo pega fogo, Gleisi Hoffmann decidiu adotar uma linha de defesa “aloprada” para tentar confundir incautos com relação à denúncia original que a envolveu no esquema investigado pela Lava-Jato. Os advogados da senadora apontam supostas contradições no depoimento dos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef a respeito do R$ 1 milhão, montante pago em dinheiro vivo, em quatro parcelas, em um shopping popular de Curitiba, durante a campanha de 2010 ao Senado.
O dinheiro foi solicitado, segundo Paulo Roberto Costa, por Paulo Bernardo, então ministro do Planejamento de Lula. O ex-diretor da Petrobras encaminhou a demanda ao doleiro Alberto Youssef, que providenciou o numerário e o repassou a Gleisi, tomando o cuidado de registrá-lo em sua contabilidade: “PB: 0,1”. Os advogados da senadora escarafuncharam inutilmente a denúncia para tentar encontrar alguma contradição nessa denúncia.


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