Juntos, os dois chegaram a cobrar U$ 16 milhões do lobista Julio Gerin Camargo. Mesmo com acusações, oposição quer mantê-lo no cargo.
Em depoimento durante sua delação premiada, Fernando Baiano, um dos operadores de propina na Petrobras, admitiu ter montado estratégias junto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para cobrar US$ 16 milhões em propina atrasada do lobista Juilo Gerin Camargo, segundo informações do Estadão.
O dinheiro era relativo a contratos de construção de navios-sonda da Petrobras, negócio fechado entre 2006 e 2007, pela Diretoria Internacional da estatal. Segundo Baiano, o total do negócio em propina foi de US$ 35 milhões – em um esquema que envolvia o PMDB, PT e PP. Dessa valor, US$ 5 milhões teriam ido para ascontas secretas de Cunha na Suíça.
Baiano disse ainda que as reuniões aconteciam na casa do presidente da Câmara, entre 2010 e 2011. Para provar, ele descreveu com detalhes a casa de Cunha, local onde aconteciam os encontros, aos procurados da Lava Jato. “É uma casa de dois andares, sendo uma casa aparentemente muito espaçosa”, contou.
Mesmo com todas as denúncias sobre as contas na Suíça de Cunha, oPMDB e o Palácio do Planalto decidiram interromper as negociações de uma possível sucessão do presidente da Câmara. Eles avaliam que Cunha deve permanecer até pelo menos o fim do ano.
A oposição acredita que se tentarem tirar Cunha agora, ele poderá recorrer a outras manobras para adiar o processo contra ele, principalmente por todo apoio que tem na Câmara. Mas foi o receio de se indispor ainda mais com o presidente da Câmara que fez o governo suspender as ações.
Desde domingo, Dilma e Cunha trocam farpas. Ontem (21), o presidente da Casa recebeu um novo pedido de impeachment e deixou claro que a decisão de aceitar ou não o precesso ainda é dele.
NB. REDAÇÃO ÉPOCA 22/10/2015 - 10h09 - Atualizado 22/10/2015 10h09.
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