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sábado, 31 de outubro de 2015

Relatório do Coaf mostra movimentações milionárias nas contas de Lula, Palocci, Pimentel e Erenice

Um relatório da agência do governo de combate à lavagem de dinheiro revela que os quatro, entre outros petistas, movimentaram quase meio bilhão de reais em transações com indício de irregularidades.


 Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana
Há duas semanas, analistas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, mais conhecido pela sigla Coaf, terminaram o trabalho mais difícil que já fizeram. O Coaf, subordinado oficialmente aoMinistério da Fazenda, é a agência do governo responsável por combater a lavagem de dinheiro no Brasil. Reúne, analisa e compartilha com o Ministério Público e a Polícia Federal informações sobre operações financeiras com suspeita de irregularidades. Naquela sexta-feira, dia 23 de outubro, os analistas do Coaf entregavam à chefia o Relatório de Inteligência Financeira 18.340. Em 32 páginas, eles apresentaram o que lhes foi pedido: todas as transações bancárias, com indícios de irregularidades, envolvendo, entre outros, os quatro principais chefes petistas sob investigação da PF, do Ministério Público e do Congresso.
Revista ÉPOCA - capa da edição 908 - O dinheiro suspeito (Foto: Revista ÉPOCA/Divulgação)
















































Eis o quarteto que estrela o relatório: Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, líder máximo do PT e hoje lobista; Antonio Palocci, ministro da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff, operador da campanha presidencial de 2010 e hoje lobista;Erenice Guerra, ministra da Casa Civil no segundo mandato de Lula, amiga de Dilma e hoje lobista; e, por fim, Fernando Pimentel, ministro na primeira gestão Dilma, também operador da campanha presidencial de 2010, hoje governador de Minas Gerais. O Relatório 18.340, ao qual ÉPOCA teve acesso, foi enviado à CPI do BNDES. As informações contidas nele ajudarão, também, investigadores da Receita, da PF e do MP a avançar nas apurações dos esquemas multimilionários descobertos nas três operações que sacodem o Brasil: Lava JatoAcrônimo e Zelotes. Essas investigações, aparentemente díspares entre si, têm muito em comum. Envolvem políticos da aliança que governa o país e grandes empresários. No caso da CPI do BNDES, os parlamentares investigam as suspeitas de que os líderes petistas tenham se locupletado com as operações de financiamento do banco, sobretudo as que beneficiaram o cartel de empreiteiras do petrolão.

SEGURO O ex-presidente  Lula e o relatório do Coaf (acima). Também foram identificadas operações de compra de títulos  de previdência  por R$ 6,2 milhões (Foto:  )











































































Ao todo, foram examinadas as contas bancárias e as aplicações financeiras de 103 pessoas e 188 empresas ligadas ao quarteto petista. As operações somam – prepare-se – quase meio bilhão de reais. Somente as transações envolvendo os quatro petistas representam cerca de R$ 300 milhões. Palocci, por exemplo, movimentou na conta-corrente de sua empresa de consultoria a quantia de R$ 185 milhões. Trata-se da maior devassa já realizada nas contas de pessoas que passaram pelo governo do PT. Há indícios de diversas irregularidades. Vão de transações financeiras incompatíveis com o patrimônio a saques em espécie, passando pela resistência em informar o motivo de uma grande operação e a incapacidade de comprovar a origem legal dos recursos.
FARTURA A empresa de Palocci movimentou as maiores quantias. O relatório (acima) mostra, entre seus clientes, a Caoa, suspeita de comprar uma medida provisória (Foto:  )
MISTÉRIO O governador Pimentel também fez aplicações de R$ 676 mil no mercado segurador sem prestar informações sobre a origem do dinheiro, segundo o Coaf (acima) (Foto:  )
LOBISTA Erenice, ex-ministra de Lula. Uma empresa de seu filho recebeu dinheiro de Fábio Baracat, suspeito de pagar propinas por contratos com o governo  (Foto:  )













































































































































































































































O Coaf não faz juízo sobre as operações. Somente relata movimentações financeiras suspeitas de acordo com a lei e regras do mercado, como saques de dinheiro vivo na boca do caixa ou depósitos de larga monta que não tenham explicação aparente. O Coaf recebe essas informações diretamente dos bancos e corretoras. Eles são obrigados, também nos casos previstos em lei, a alertar o Coaf de operações “atípicas” envolvendo seus clientes. É obrigação do Coaf avisar as autoridades sobre operações suspeitas de crimes. A lavagem de dinheiro existe para esquentar recursos que tenham origem ou finalidade criminosa, como pagamentos de propina. Não cabe ao Coaf estipular se determinada transação é ilegal ou não. Cabe a ele somente informar a existência dessa transação às autoridades competentes, caso essa transação contenha características de uma operação de lavagem de dinheiro. Foi isso que o Coaf fez no caso do quarteto petista. Cabe agora à PF, ao MP e ao Congresso trabalhar detidamente sobre as informações reveladas pelo Coaf.
GRANDE FAMÍLIA Lula e família. Uma de suas empresas transferiu R$ 48 mil a Fernando Bittar, sócio de um dos filhos do petista e dono de um sítio abribuído ao ex-presidente (Foto:  )

Negócios em família "Elite Não"

Como empresários e lobistas montaram uma rede de proteção em torno dos filhos de Lula e passaram a bancá-los, em troca de benesses no governo. O envolvimento dos familiares arrasta ainda mais o ex-presidente petista para o epicentro dos escândalos.

No início do mês de outubro, uma movimentação atípica chamou a atenção no edifício nº 450 da Rua Padre João Manuel, nos Jardins, endereço nobre em São Paulo. A vizinhança notou que pessoas retiravam papéis e outros objetos da LFT Marketing Esportivo, de propriedade de Luís Cláudio Lula da Silva. Naquela ocasião, já era de conhecimento público que a empresa do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrara no radar das autoridades responsáveis pela Operação Zelotes, investigação que desbaratou uma quadrilha acusada de fraudar o Carf, o conselho que julga recursos contra multas aplicadas pela Receita. Os condôminos do conjunto comercial ouvidos por ISTOÉ ficaram com a impressão de que os responsáveis pelo escritório estavam de mudança. Não se tratava disso. Tudo ficaria mais claro três semanas depois: na segunda-feira 26, a Polícia Federal promoveu uma devassa no escritório. Vasculhou o local atrás de informações para tentar elucidar as relações de Luís Cláudio com um grupo de lobistas acusados de comprar medidas provisórias editadas pelo governo federal.
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Se, ao que tudo leva a crer, o filho do ex-presidente tinha algo a esconder, ao se antecipar à ação da PF e fazer uma limpa no imóvel, só o aprofundamento das investigações poderá dizer com mais precisão. A PF, no entanto, já reúne indícios suficientes para concluir que em torno dos filhos de Lula foi montada uma espécie de rede de proteção sustentada por empresários que, com a ascensão do petista ao poder, tinham interesses em estreitar laços com o governo e turbinar seus negócios. Com o beneplácito do próprio Lula.
Um dos empresários escalados para encostar nos filhos do ex-presidente, e prover-lhes do que fosse necessário, foi o pecuarista José Carlos Bumlai. Dono de acesso livre no Palácio do Planalto, durante a era Lula, Bumlai passou a ser alvo da Lava Jato após ser acusado de intermediar valores desviados de contratos da Petrobras. A função do pecuarista seria a de fazer o dinheiro chegar ao destino final, o que incluiria uma das noras do ex-presidente. A acusação foi feita pelo lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, após firmar acordo de delação premiada com os procuradores da República. Segundo ele, R$ 2 milhões foram repassados à nora do ex-presidente por intermédio de Bumlai. O empresário nega essa versão.
Servir de elo com os familiares de Lula é uma especialidade do pecuarista, na avaliação dos investigadores da PF. Segundo apurou ISTOÉ, ele teria contribuído para aproximar o empresário Natalino Bertin, proprietário do Grupo Bertin, do clã Lula em meio às negociações para venda de uma fatia do frigorífico. A proximidade resultou em favores aos filhos de Lula. A pedido de Bumlai, Bertin disponibilizou um jatinho para os filhos de Lula em São Paulo entre 2010 e 2011. De acordo com um piloto da cidade de Lins (SP), onde a aeronave chegou a ficar estacionada, os Lulinhas usaram e abusaram do mimo. “O jato foi utilizado com freqüência. Principalmente aos fins de semana, quando a família ia para praias do Nordeste”, afirmou.
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Outro empresário destacado para bancar os filhos do ex-presidente é Jonas Suassuna. Dono de um poderoso grupo de mídia e TI, o executivo virou sócio de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e Kalil Bittar, filho do político Jacó Bittar, na Gamecorp, produtora com capital de R$ 100 mil que vendeu parte de suas ações à Telemar por R$ 5,2 milhões. Antes de firmar sociedade com Suassuna, Lulinha ganhava R$ 800 como monitor de jardim zoológico. A aproximação com o empresário lhe rendeu outros benefícios. Ex-morador de São Bernardo do Campo, Lulinha mudou-se para os Jardins, área nobre de São Paulo, e depois para um apartamento em Moema, de 300 metros quadrados de área, terraço gourmet, piscina e academia, cujo aluguel é estimado em R$ 35 mil por mês. Os dois imóveis pertencem ao empresário. O caçula do ex-presidente também mora de favor em um apartamento que pertence a amigos de seu pai. Ele e a mulher, Fátima Cassaro, vivem há três anos em um imóvel de 158m2 na alameda Jaú, nos Jardins. O apartamento pertence a Mito Participações LTDA, empresa cujos cotistas são a esposa e as filhas do advogado Roberto Teixeira, íntimo de Lula, e padrinho de batismo de Luis Cláudio.
Na política, se não forem estabelecidos limites, necessários à liturgia do cargo, a família tem grande potencial para gerar constrangimentos. Eventuais privilégios desfrutados por filhos dizem mais sobre os pais do que os próprios herdeiros. No Brasil, um País de oportunidades desiguais, regalias a parentes de políticos chamam muita atenção e, em geral, são consideradas inaceitáveis e despertam indignação e sensação de injustiça na população. Com Lula tudo isso ganha uma dimensão maior. Como explicar, a não ser pelo raciocínio óbvio de que o caminho para uma vida de luxos, apartamentos caros e jatinhos foi pavimentado pelo pai poderoso, que filhos do ex-metalúrgico dono de um indefectível discurso ético acumularam dinheiro e posses, depois dele ascender à Presidência? Como sustentar o discurso de vítima de perseguição das elites se parte dessa mesma elite passou a bancar despesas pessoais de sua família? Por isso, o envolvimento de Luís Claudio arrasta ainda mais o ex-presidente para o epicentro dos escândalos investigados pela PF. E ele tem conhecimento disso. Não foi por outro motivo que o petista intensificou os petardos contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O ex-presidente resolveu aumentar o tom após acertar a estratégia com o ex-chefe de gabinete e uma espécie de faz-tudo de Lula, Gilberto Carvalho, que também entrou na mira da PF semana passada. Os investigadores suspeitam que Carvalho seja peça fundamental para desvendar a conexão de Luís Cláudio com lobistas interessados em prorrogar a desoneração fiscal para montadoras de veículos por meio de medidas provisórias editadas pelo Executivo. Há indícios de que Carvalho tenha sido o contato do lobby dentro do Palácio do Planalto. Mensagens interceptadas pela polícia revelaram o grau de intimidade do ex-chefe de gabinete de Lula com Mauro Marcondes Machado, dono do Marcondes e Mautoni, um dos escritórios do lobby.
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Ao analisarem os sigilos bancário e fiscal da Marcondes e Mautoni, auditores da Receita se depararam com a LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio. Apenas em 2014, a LFT recebeu da Marcondes R$ 1,5 milhão - a segunda maior quantia na relação de credores da empresa. No total, a LFT recebeu do lobista R$ 2,4 milhões. A constatação acendeu o alerta no Fisco. Há indícios de que a empresa do filho do ex-presidente Lula sequer tenha atuado naquele período. De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), cadastro do Ministério do Trabalho, a LTF não teve qualquer vínculo empregatício em 2014, ano dos pagamentos realizados pela Marcondes e Mautoni. “É muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo (a LFT) receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública (Marcondes e Mautoni)”, afirmaram os procuradores da República que pediriam à Justiça Federal as buscas nos endereços de Luís Cláudio. De fato, não faz sentido. Em troca, as montadores representadas pelo lobista Mauro Marcondes Machado conseguiram prorrogar benefícios fiscais que somavam R$ 1,3 bilhão, após a edição de uma medida provisória pelo então presidente Lula.
A PF também estranhou que o e-mail informado no ministério do Trabalho pela empresa de Luís Cláudio é vinculado à Bilmaker 600 Serviços em Importação e Exportação Ltda. A empresa pertence a Glauco Costamarques, primo de Bumlai. Anos atrás, Luís Cláudio e Fábio Luís Lula da Silva chegaram a abrir uma empresa, a LLCS Participações, no mesmo endereço da Bilmaker.
Matéria: Revista Isto É Marcelo Rocha e Raul Montenegro.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

BARROSO: MENSALÃO E PETROLÃO TORNAM JUÍZES HERÓIS

PARA BARROSO, BRASIL "VIVE UMA EPIDEMIA DE PROCESSOS JUDICIAIS".
PARA BARROSO, BRASIL "VIVE UMA EPIDEMIA DE PROCESSOS JUDICIAIS" (FOTO: EBC)


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso alertou nesta sexta-feira, 30, que o Brasil "vive uma epidemia de processos judiciais". Para Barroso, a punição é exceção. Segundo ele, é preciso mudar o sistema recursal diante da dificuldade de manter grandes criminosos na cadeia. "O sistema punitivo no Brasil é um desastre. Ele é feito pra pegar pobre. A vida tem que ser igualitária. É muito mais fácil prender menino com 100 gramas de maconha do que empresário que roubou 10 milhões", afirmou. Na avaliação do ministro, o sistema atual faz com que sociedade transforme magistrados que pensam fora da curva em heróis. "Mensalão e Petrolão criaram heróis, porque foram juízes que saíram do padrão", disse. "Se um modelo precisa de heróis é porque as instituições não funcionam", destacou.
As informações foram divulgadas pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Barroso falou na abertura do primeiro dia da programação científica do XXII Congresso de Magistrados Brasileiros, realizado em Rio Quente (GO) pela AMB, O ministro abordou temas polêmicos como o excesso de processos judiciais e o sistema recursal. Ele criticou o sistema de Justiça brasileiro e a morosidade do Judiciário.
"Existe uma judicialização que atinge a vida de todos nós. Estamos vivendo uma epidemia de processos judiciais no País e diante disso é preciso pensar em algum tipo de remédio. São mais de 100 milhões de processos, um em cada dois brasileiros está em juízo", afirmou.
Durante o painel "O Direito e a transformação social", o ministro reconheceu aspectos positivos diante da quantidade de processos que tramitam no Judiciário brasileiro, mas apontou a falta de estrutura como uma das questões mais graves que congestionam os tribunais. "As pessoas tomaram consciência dos seus direitos e passaram a exercer a sua cidadania. Isso é bom. O Judiciário desfruta de um grau relevante de credibilidade", declarou. "Porém, não há estrutura que dê conta desse volume. Temos um sistema que não consegue dar vazão. O Poder Judiciário é uma instância patológica da vida. Uma questão chega quando teve briga, quando as partes não conseguiram se compor amigavelmente. Ninguém pode achar que o litígio seja a forma natural de se viver a vida e de uma democracia fluir com naturalidade", afirmou.
Barroso também destacou a necessidade de métodos alternativos, como a conciliação, para trazer celeridade à Justiça. "É preciso criar mecanismos alternativos. Precisamos criar um país que tanto no setor público quanto no setor privado funcione melhor. Vamos ter que fazer o caminho inverso, o caminho da desjudicialização. O grande advogado vai ser o sujeito que não propõe uma ação judicial, mas vai ser aquele que tem a capacidade de negociar e articular para não propor uma demanda. Entrar no Judiciário é procrastinar uma decisão", disse. (AE)

Diário do Poder: Publicado: 30 de outubro de 2015 às 15:44 - Atualizado às 15:45

Parabéns!






Toyota lança utilitário sob medida para o apocalipse




Estrutura Ainda que o corpo possa ser o de uma minivan, a estrutura é de uma pick-up Tacoma, que foi levantada e equipada com rodas off-road Monster Energy de 558 milímetros.
Potência Para garantir que a UUV seja tão rápida quanto ameaçadora, a montadora acoplou um supercharger do Toyota Racing Development (Desenvolvimento de Corridas da Toyota, em tradução livre) ao motor V6. Ainda não se sabe quantos cavalos o carro poderá produzir.
Off-road Uma barra de luzes LED foi acoplada ao teto para iluminar o caminho enquanto a UUV anda sobre o que quiser. Além disso, ainda que pareça muito improvável, se o carro ficar encalhado, a UUV tem, também, um guincho por baixo de seu para-choque dianteiro blindado.(MSN)


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"Pedro Corrêa é condenado a 20 anos de prisão na Lava Jato"

Estadão Conteúdo

 O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) foi condenado nesta quinta-feira, 29, a 20 anos e 7 meses de prisão por crime de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Em sentença de 92 páginas, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, destacou que Pedro Corrêa tem antecedentes criminais. O ex-parlamentar foi condenado no processo do Mensalão.

“O mais perturbador em relação a Pedro Correa consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470, havendo registro de recebimentos até outubro de 2012″, destacou Moro.

“Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do País representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente”, continuou o juiz da Lava Jato.(Revista Isto É)

Jequié: PM prende homem que tinha plantação de maconha dentro de casa


Joabe foi preso dentro de sua residência (Fotos:PM/Divulgação)
A polícia militar de Jequié prendeu na tarde desta quarta-feira (28) um homem suspeito de tráfico de drogas na Rua Eliezer Souza Santos, no Jequiezinho. Segundo a PM, Joabe Barbosa de Souza, foi abordado na porta de sua residência, portando drogas como êxtase, cristal e ácido. No interior da residência do envolvido, foram encontrados ainda 24 pés de maconha, plantadas em vasos, 29 pacotes de cigarros Gudang, 180g de maconha seca e a quantia de R$ 3.470,00, além de uma caderneta, contendo anotações de dívidas do tráfico.
Droga estava plantada em vasos plásticos.
Segundo a PM, o envolvido foi devidamente conduzido para a Delegacia de Polícia, juntamente com toda a droga apreendida. O Major Motta Lima, comandante do 19° BPM, comentou a ação policial, informando que faz parte de um conjunto de medidas operacionais que vem sendo tomadas com o objetivo de trazer maior tranquilidade para a população de Jequié.(Matéria: giroemipiau1)

Aloizio Mercadante será confrontado por bancada religiosa

Deputados católicos e evangélicos querem que ministro explique, na opinião deles, questões polêmicas do Enem.


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, divulga o balanço do Enem 2015 (Foto: José Cruz/ABr)

As frentes católicas e evangélicas vão confrontar nesta quinta-feira (29) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Querem saber por que a prova do Enem trouxe a questão de gênero que, na opinião dos deputados, ofende sua fé. “Recebi dezenas de e-mails e mensagens de cristãos que se sentiram desrespeitados nas suas crenças”, reclamou o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).  Uma das questões utilizadas na prova do Enem aplicada no último final de semana e que incomodou a bancada dizia em seu enunciado: “ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.(Revista Época)



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Déficit em 2015 pode chegar a R$ 103 bilhões, diz relator



Segundo o deputado Hugo Leal, documento encaminhado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento não descarta rombo ainda maior em virtude das "pedaladas fiscais" e da possível não realização do leilão das hidrelétricas

Estadão Conteúdo
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O relator do projeto que altera a meta de superávit primário em 2015, deputado Hugo Leal, disse nesta quarta-feira, 28, que o governo não descarta um déficit em 2015 maior do que os R$ 51,8 bilhões anunciados ontem, e que isto está previsto no documento encaminhado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento ao Congresso Nacional.

Leal ressaltou que o déficit pode chegar a R$ 103 bilhões se for necessário colocar em dia as "pedaladas fiscais" do governo Dilma, que somam cerca de R$ 40 bilhões, e o leilão das hidrelétricas não ocorrer, do qual são esperados mais R$ 11 bilhões.

"Não descartamos a possibilidade de o déficit aumentar, o documento apresentado pelo governo prevê isso", afirmou.

Leal, que deverá apresentar seu relatório na próxima semana, disse que, ao invés de apresentar uma meta fechada, tende a propor mudanças conceituais, prevendo, por exemplo, que receitas poderão ser abatidas da meta ou os casos em que o déficit pode ser maior. "Acho um risco apontar um número que não esteja consolidado", completou.(Revista Isto É)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Café de Piatã, na Bahia, é eleito o melhor do Brasil pela terceira vez

Plantação de café é feita a cerca de 1.300 metros de altitude. (Fotos: Divulgação)

O café da família Rigno, no município de Piatã (Chapada Diamantina), na Bahia, sagrou-se pela terceira vez (a segunda consecutiva) como o melhor do Brasil.

O grão produzido por Antonio Rigno de Oliveira, na Chácara São Judas Tadeu, venceu o “Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015”, concurso realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), em parceria com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Alliance for Coffee Excellence e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas).

Com 91,22 pontos na escala de 0 a 100 do concurso, o lote de Piatã superou as outras 44 amostras finalistas – de um total de 364 inscritas – e obteve a chancela de café presidencial, por obter nota superior a 90 pontos.

O segundo colocado foi um grão produzido por um integrante da mesma família: o produtor Cândido Vladimir, genro de Antonio Rigno.

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A diferença de pontuação foi pouca, tendo o café de Cândido ficado com 90,03 pontos, “isso por causa de um detalhe que não dá para saber, só os jurados”, comentou Cândido, cujo café também foi considerado como presidencial.

O prêmio foi entregue dia 17 deste mês em Poços de Caldas (MG).

“Uma premiação muito importante, não só para nós da família Rigno, mas para todos os cafeicultores de Piatã e por que não dizer da Bahia, pois é um prêmio de repercussão mundial que agrega bastante valor ao nosso café”, disse Cândido.

O café dele foi o vencedor do mesmo concurso em 2009 e 2014, ano em que o grão da família ficou também em segundo (o de Antonio Rigno) e terceiro lugar (o de Zora Yonara, nora de Antonio).

A produção de 2.000 sacas por ano ano da família Rigno é feita a cerca de 1.300 metros de altitude, numa área de 80 hectares que abrange três fazendas separadas, mas sem cercas.

O café da família Rigno é do tipo Arábica, variedade catuai.

“Sempre dizemos que não existe segredos ou receita. Simplesmente, trabalhamos duro, com dedicação e amor, numa região privilegiada em clima e altitude. Temos também uma equipe de colaboradores comprometida”, comentou Cândido.

O produtor se orgulha de ser o único a vencer o concurso por duas vezes, contanto também com as edições realizadas em outros dez países.

“Ano passado, vendermos um lote de 16 sacas do café campeão por valor recorde na cafeicultura brasileira, de R$ 16.600 a saca”, contou.

E nem só a família Rigno tem o produto valorizado na região de Piatã. “Os outros produtores locais acabam se beneficiando também, por causa do nosso café, vendendo o deles com valorização de até 100%”, disse.

Família Rigno caminha no meio do cafezal.
Família Rigno caminha no meio do cafezal.

Para Antoni Rigno, o destaque que a família vem obtendo no Cup of Excellence se deve ao fato de a região possuir excelente microclima boa altitude.

“Mas não é só isso. Temos também uma equipe pequena, de 15 colaboradores, que trabalha conosco nas três propriedades ao longo de todo o ano e que é responsável por grande parte desse sucesso. Desde a nossa primeira conquista no Cup fizemos questão de dividir o resultado: cada um dos colaboradores ganhou uma moto. Este ano, a depender do resultado do leilão, o prêmio será ainda melhor”, revelou.

O cafeicultor disse ainda que o serviço árduo na produção de café especial demanda empenho 24 horas por dia e que o bom desempenho é reflexo do amor pelo trabalho.

“Nossa família tem essa disponibilidade porque amamos o café acima de tudo. E esse amor se traduz na qualidade de nosso produto”, finaliza Rigno.

Os olhos dos principais compradores de café especial do mundo se voltarão ao Brasil no dia 1º de dezembro, data em que irão a leilão os 22 vencedores do Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015.

O pregão será realizado via internet e, historicamente, registra preços pagos aos produtores muito superiores aos praticados no mercado convencional.

Matéria: aratuonline
Publicado no dia 27 de out de 2015 em Agricultura Café Economia Piatã

Seara vai vender frango criado sem antibiótico; produto custa até 40% mais

A Seara Alimentos, controlada pelo grupo JBS, anunciou o lançamento de uma linha com cortes de frangos criados sem antibióticos, hormônios ou conservantes.
Os produtos da linha DaGranja custam cerca de 40% a mais que o frango convencional da marca, mas são 20% mais baratos que o produto similar do concorrente, segundo a empresa. A empresa se refere aos produtos da Korin, de Ipeúna (SP), que produz ovos e frangos orgânicos.
Segundo a Seara, os novos produtos terão certificação internacional assegurando o bem-estar animal e a ausência de qualquer tipo de antibiótico, hormônio ou conservante.
Serão vendidos diversos tipos de cortes --filé de peito, filezinho de peito, filé de coxa e sobrecoxa, coxinha da asa, coxa e sobrecoxa--, além do frango inteiro. Os cortes serão vendidos congelados, em embalagem abre e fecha ou em bandeja, ambas de 1 quilo. 

Uso de antibióticos é legal

O uso veterinário de antibióticos é legal. No entanto, como a taxa de infecções humanas por bactérias resistentes aos antibióticos aumenta, os defensores dos consumidores e especialistas em saúde pública tornaram-se mais críticos da prática de dar rotineiramente antibióticos para frangos, bovinos e suínos.
Cientistas e especialistas em saúde pública dizem que, sempre que um antibiótico é administrado, ele mata as bactérias mais fracas e pode permitir que as mais fortes sobrevivam e se multipliquem. O risco, eles dizem, é que as superbactérias possam desenvolver resistência cruzada a importantes antibióticos.
O uso frequente de antibióticos em baixa dosagem, uma prática utilizada por alguns produtores de carne, pode intensificar o efeito.(Matéria Uol)

Uma vida sem linguiça e bacon?


© Fornecido por Deutsche Welle
Nas pirâmides alimentares publicadas pelos órgãos de saúde estatais, há décadas a carne ocupa um cantinho bem tímido, abaixo dos doces. Já deveria ser conhecido, portanto, o fato de que grandes quantidades de presunto, toucinho ou linguiça não contribuem para uma alimentação saudável.
Ainda assim, o recém divulgado relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o risco do câncer relacionado às carnes processadas desencadeou reações veementes entre os carnívoros de todo o mundo, sobretudo na Alemanha.
Entre a Wurst (embutidos em geral), o Speck (bacon) e o Schnitzel (bife empanado), um alemão consome, em média, mais de 160 gramas de derivados de carne por dia. Isso significa toda uma nação sob ameaça de câncer? No futuro só se deve então consumir fatias fininhas – ou até renunciar de vez?
"NÃO!", exclamou em caixa-alta Alex van Vught, na página da DW no Facebook. "Somos alemães, e nossa alimentação é composta por carne processada." Marco Turzi, da Itália, acode em seu apoio: "Deixem-nos ficar com o bacon e, em vez disso, acabem com a OMS."
A alemã Heidi Hensges comentou no Twitter: "Uma vida sem leberwurst [patê de fígado] é possível, mas sem sentido."
A Organização Mundial da Saúde tampouco vai alterar os hábitos de Amira Scipione: "Pão da Francônia com leberwurst, presunto de Parma, presunto defumado da Floresta Negra...", a seguidora da DW vai enumerando sem censuras as suas preferências gastronômicas.
O porco nosso de cada dia
Um indicador seguro do interesse pela nova polêmica é o aparecimento na rede de neologismos e hashtags como #wurstgate ou #wurstcasescenario. Mas, pelo menos nas redes sociais, até agora os negadores da carne parecem estar em minoria. Também entre os seguidores da DW, não são muitos os que se mostraram grandemente impressionados com as advertências da OMS.
Uma das exceções é Kaks Emmanuelz, de Uganda, em cuja opinião é "mais do que hora" de a humanidade passar consumir menos carne e mais produtos vegetais. E numa enquete não representativa proposta pela DW, cerca da metade dos participantes manifestou a intenção futura de passar a comer menos carne.
As motivações para uma eventual mudança de hábitos são as mais variadas: medo do câncer intestinal; preocupação em relação ao alto consumo de recursos envolvido na produção de carne; compaixão pelos sofrimentos que as formas modernas de criação em massa causam aos animais.
Há também os que receiam a condenação social, pois em algum momento pode ser que quem saboreia despreocupadamente o seu hambúrguer em público passe a ser olhado de lado por seus semelhantes – quase como um fumante num playground infantil.
Para ilustrar essa tendência, combinando cigarros e linguiças numa foto, Udo Stiehl escreveu no Twitter: "Os mercados reagiram rápido ao #Wurstgate."
Problema de luxo?
Em meio a tantas piadas, o clima ainda não parece apropriado para uma discussão séria na rede sobre o consumo excessivo de carne em certas partes do planeta. Afinal, argumenta Leonard Sikanyika, da Zâmbia, na página da DW no Facebook, até o momento esse é um problema de luxo para poucos.
"Para nós aqui, esse é um estilo de vida que só uma elite pode se permitir", enquanto outros milhões nem conseguem lembrar qual foi a última vez que comeram um presunto. "Isso é para os países industriais, e não para a gente do Terceiro Mundo", critica o zambiano.
Andrew Sturman se move entre a resignação e a revolta: "O que não é cancerígeno?", pergunta, retoricamente. Rosemarie Hughey dá uma resposta imediata e fácil: "Continuar comendo. A vida é perigosa, mesmo."
De um outro usuário do Twitter parte uma sugestão ainda mais radical de como lidar com as alarmantes constatações científicas: ignorar solenemente. Então, "quando alguém tenta me dizer que bacon causa câncer", Zach Edwards nem liga.
Autor: Peter Hille (av)
Edição: Luisa Frey.
Matéria: MSN

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Por que a imprensa poupa Renan Calheiros?

A imprensa brasileira devota às acusações contra Eduardo Cunha uma atenção que não dedica a Renan Calheiros, mesmo tendo o senador alagoano uma ficha corrida muito maior do que a do deputado carioca. Qual a diferença entre eles? Ambos são presidentes de casas legislativas mas um é historicamente credor e devedor do lulismo, enquanto o outro passou a ser demonizado tão logo virou opositor desse esquema de poder.
Desde o crescimento do movimento pelo impeachment de Dilma a imprensa usa Eduardo Cunha como válvula de escape dos graves crimes do governo petista. Tanto pior para ele, recentemente o movimento pelo impeachment minguou, diminuindo seu poder de barganha, ao mesmo tempo em que a Procuradoria Geral da Suiça (vejam aqui nosso contato exclusivo com o MP suíço sobre o caso) enviava documentos que comprovam que ele tem contas no paraíso fiscal europeu. Mas o fato de uma mesma notícia gerar diversas manchetes, que não traziam nada de novo em dias diferentes, não é a mais forte prova do partidarismo da imprensa brasileira (sendo específico: Folha de São Paulo, Rede Globo, Valor Econômico) em favor de Dilma Rousseff. A chefia da outra casa legislativa carrega um cadáver moral cuja vida política só se sustenta nos acordos com o petismo – e a imprensa ignora essa anomalia.

Quatro inquéritos de Renan Calheiros no STF e outro a caminho

RenanCalheiros_vs_Cunha
Você foi lembrado recentemente de algum dos quatro inquéritos contra Renan Calheiros no STF? Provavelmente não. E se você não é crackudo  em política, dificilmente se lembrará que Renan Calheiros está na lista de réus da Lava Jato.
Todas as vezes em que há protestos ou ações contra Dilma Rousseff os jornalistas correm a perguntar a quem está ousando criticar a presidente o que eles acham de Eduardo Cunha, presidente da Câmara e portanto pessoa que autorizaria o início de um processo contra Dilma Rousseff. Porém, por que não se pergunta também o que se pensa de Renan Calheiros, que tem mais processos correndo contra ele no STF e seria, de fato, o responsável pelo ato final do impeachment? Anteontem, o PSOL ganhou mais de quatro minutos de exposição no Jornal Nacional por se manifestar contra Eduardo Cunha… Por que não se perguntou aos parlamentares comunistas se eles também pediriam a cassação de Renan Calheiros?
Esses são os quatro inquéritos contra Renan Calheiros no STF:
1- Inquérito 2998 – A ministra Cármen Lúcia assumiu esta relatoria em 2010 e decretou o sigilo da investigação. Vale lembrar que o inquérito contra Cunha por suas fortunas na Suiça já foi enviado e aceito pelo STF e o ministro Teori Zavascki imediatamente negou o sigilo do caso. Tudo o que se sabe deste inquérito 2998 contra Renan é que ele seria  acusado de ter usado laranjas para controlar rádios e jornais em sua terra natal;
2- Inquérito 2593 – Nascido de denúncia de janeiro de 2013 apresentada por Rodrigo Gurgel, então Procurador Geral da República, esta investigação se dá sobre as suspeitas de que Renan usou dinheiro do Senado para diversas operações pessoais. Renan responde pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Sua pena pode chegar a 23 anos de prisão. Isto não impediu Renan de ser eleito presidente do Senado e, desde então, poupado de constrangimentos por PSOL e demais braços “disfarçados” do PT. Sobre este processo, Lewandowski fez uma declaração que só lendo para crer:
Na última sexta-feira (1º), o ministro Ricardo Lewandowski disse que ainda não tinha analisado a denúncia e que aparentemente não havia motivo para dar prioridade ao caso. Lewandowski acrescentou que não pretende levantar o sigilo dos autos, pois há dados confidenciais do senador e de outros denunciados.
3- Inquérito 3589 – Caso estranhíssimo… Renan Calheiros e sua esposa eram acusados de terem cometido crimes ambientais por pavimentar ilegalmente, com paralelepípedos, uma estrada de 700 metros na estação ecológica Murici, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Flexeiras, a 66 km de Maceió. O instituto, porém, não foi consultado e não concedeu qualquer licença ou autorização para a obra. A unidade, de 6 mil hectares, conserva áreas de Mata Atlântica. A estrada liga a Fazenda Alagoas, de propriedade do grupo de Renan, à principal rodovia que corta o estado, a BR-101. No despacho em que extingue o inquérito, a Ministra Carmem Lúcia, novamente ela, apresenta uma justificativa inacreditável: ele não cometeu crime ambiental pois, como se pode ver de fotos mais recentes, a vegetação local está se refazendo. É exatamente isso que ela disse:
“Contudo, as fotos que instruem o documento demonstram que o acostamento da estrada encontra-se em franco processo de recuperação da mata ali existente.”
Este arquivamento ocorreu agora, no dia 29 de maio deste ano, quando Renan Calheiros já havia fechado um acordo com o governo Dilma para conter, dentro do PMDB e na sua alçada de poder, o avanço do impeachment.
4- O inquérito da Lava Jato – Renan Calheiros é um dos muitos políticos que estão na denúncia apresentada por Janot em março deste ano referente à Lava Jato. Assim como Eduardo Cunha. A lista é enorme e pode ser relembrada em muitos posts, como este do UOL.
Além desses inquéritos já enviados ao STF, Renan responde a um novo processo por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. A Justiça Federal do Distrito Federal conduz um inquérito aberto pelo Ministério Público contra o senador neste ano.  Agora no dia primeiro de outubro, o MP ajuizou a acusação e isto ganhou repercussão mínima na grande imprensa. O site Jota.Info foi exceção:
Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) ajuizou, na Justiça de primeira instância de Brasília, ação de improbidade administrativa contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), por ter ele deixado de fornecer ao MPF informações necessárias em inquérito que apura supostas irregularidades na ocupação de cargos comissionados naquela Casa do Legislativo. O presidente do Senado ignorou sete ofícios reiterando o pedido de informações.
Já Eduardo Cunha tem dois inquéritos no STF: aquele que envolve dezenas de políticos na Lava Jato – inclusive com Renan Calheiros entre eles – e o mais recente referente aos milhões do deputado depositados em contas na Suíça. Se Renan Calheiros tem mais poder que Eduardo Cunha, tem mais história que Eduardo Cunha e apresenta muito mais comprometimentos legais, por que ele é poupado pela imprensa? A única explicação razoável é que é pelo fato dele ser aliado de Dilma e do PT. Ou seria por que ele é um político de maior reputação? Alguém que sobreviveu ao governo Collor, nadou de braçada nos anos FHC, chegou ao topo na era Lula e foi por Lula resgatado de um processo  de cassação seria alguém digno de qualquer respeito?
Renan até chegou a ensaiar uma rebelião contra Dilma e o PT após ter seu nome envolvido na grande lista de investigados pela Lava Jato (relembrem um sinal de alerta público de Renan ao governo aqui). Mas Lula sabe lidar com  seus semelhantes e reconhecia no senador alagoano o maior risco político (relembre aqui e aqui o tamanho do problema que Renan representava). Lula encontrou Renan Calheiros no dia 14 de maio. Duas semanas depois Cármem Lúcia arquivaria um dos inquéritos contra Renan no STF e desde então Renan virou o segundo maior ator político pela sustentação de Dilma no poder, só abaixo de Lula.
Folha se esquece dos processos contra Renan nas chamadas de reportagens - ele é aliado do PT
Folha se esquece dos processos contra Renan nas chamadas de reportagens – ele é aliado do PT. Já os processos contra Cunha são sempre lembrados.
Não é errado órgãos de imprensa terem posicionamentos políticos. Mas o que dizer quando essas preferências se apresentam de forma tão acintosa, que as notícias publicadas e o nome dessas empresas se tornam suspeitos? Se não de uma compra política, ao menos de um deliberado partidarismo que serve aos donos do poder. Mais ainda, essas empresas, agindo assim, mostram-se a serviço de quem está no comando do país e já é réu em escândalos de valores tão impressionantes que levaram uma das maiores economias do mundo a sua pior crise financeira em muitas décadas.
Como se pode ver, não é por desejo de justiça que a Folha, a Globo e outros veículos de imprensa fazem barulho diante das graves acusações que pesam contra Eduardo Cunha. E, no final das contas, ele é apenas mais um dos beneficiários desse sistema de desvios montado pelo PT nas estatais. Eduardo Cunha serviu ao PT quando fez parte da engrenagem do Petrolão, como demonstram as descobertas até aqui, e serve agora ao PT como bode expiatório dos crimes de quem organizou o esquema todo. Já Renan Calheiros serve ao PT como barreira política ao impeachment, e por isso sua biografia é lavada nas manchetes.
Matéria: reaconaria